Yasujiro Ozu nasceu no bairro de Fukugawa, Tóquio, a 12 de Dezembro de 1903. Aos 20 anos ingressou nos estúdios da Sochiku (na altura ainda a começar) como assistente de câmara e é lá que conhece Mikio Naruse, bem como alguns dos seus futuros colaboradores - Kigo Noda, argumentista, e Hideo Mohara, director de fotografia. Trabalhando como assistente de realização, escritor de "gags" e como argumentista, acaba por realizar, em 1927, o seu primeiro filme (hoje está perdido): "A Espada da Penitência". Faria mais 53 filmes até à sua morte, em 1962, incluindo obras-primas tão maravilhosas como "Eu Nasci, mas...", "Tarde de Outono" e, claro, "O Gosto do Saké":


Porque é entre bares, nas mesas e balcões, e casas e escritórios, que tudo se passa, onde se decidem todas as coisas e se percorre toda a vida - das crises conjugais às familiares, da solidão à morte e da alegria à tristeza, o humor e o drama - tudo isto construído, erigido por uma visão única do Cinema e da própria Vida, "reduzida" às personagens e às pessoas, passando pelas elipses narrativas, pela composição de planos e, claro, pela câmara fixa, por uma mise en scène quase invisível (mas sempre presente) e de uma simplicidade inalcançável.
Ozu é um génio e "Sanma no aji" um dos melhores filmes finais já feitos, seja testamento ou não...
Sem dúvida, um dos melhores do grande Ozu.
ResponderEliminarÉ, sim senhor! Mas os meus preferidos são, mesmo, o "Eu Nasci, Mas..." e o "remake": "Bom Dia"...
ResponderEliminarAinda assim todos os filmes que vi dele são obras-primas...