segunda-feira, 28 de janeiro de 2013








Sempre tive para mim que foi neste Giù la testa que Leone se superou em todos os sentidos (ainda assim, há-que rever o último Once Upon a Time e ver os primeiros filmes, que ainda não vi). Talvez tenha sido a música do Morricone, talvez os jogos entre John e Juan. Ou então é o que no fim fica por resolver, explicar, e que pode ter que ver com aquele eco melodioso (Sean, Sean, Sean). Qualquer coisa que ressoa na memória quase em segredo e que se pode chamar de "dever", "pátria", "consciência", ou "amizade"...

Enfim, qualquer coisa que só James Coburn descobriu - a muito custo - mas não quis dizer a ninguém.

O filme, esse, continua uma coisa extraordinária.

2 comentários:

Anónimo disse...

Dever, pátria, consciência? Não sei. John atira ao chão o livro que lia sobre (salvo engano) revolução; os atos heróicos de Juan são uma gozação do acaso. Amizade? Bingo. Ou: De como um crápula e um idealista podem aprender algo um com o outro e descobrir no fundo de um olhar algum resquício de ética. A amizade é um tesouro imensamente mais valioso do que o cofre dos bancos.

João Palhares disse...

Eu gosto tanto do filme e daquelas personagens, que acho que o James Coburn, no fim, desenha uma sociedade ideal na cabeça. E portanto estou um bocado a adivinhar, quando escrevo "dever", "pátria" e "consciência". De qualquer forma, pelo menos o "dever" e a "pátria", ultrapassavam as fronteiras do México, da Irlanda e do significado barato e de panfleto político, nacionalista, que lhes é dado. Mas consciência e amizade se calhar são palavras melhores. E o tema principal do filme é a amizade, sem dúvida.