terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa..


Acho piada citarem o Argento quando falam do Black Swann. Ouvi agora nas notícias e pareceu-me mais masturbação crítica do que outra coisa, "olha o que eu sei, olha o que eu conheço" - não acredito é que tenha visto seja o que fosse do Argento, mas pronto. Porra, porque não o Bava e o Fulci, também, já que se está nessa? Eu gostei do filme, bastante até, mas não merece a comparação, não quando penso no que sairia se o Argento tivesse esse material à mão, de partida, nos delírios poéticos possíveis, nos planos sequência, nas cores a rasgar e a rebentar. Então o Bava! Não. A comparação deve acabar na rapariga e no terror psicológico, porque o resto é a diferença entre os italianos e o americano. Entre a porcelana estilhaçada e o plástico que não quebra, de tão imaculado e perfeito (perfeito é o melhor dos insultos).. E porque não sei quando terei tempo para os exaltar e celebrar, deixo aqui certificado que La Sindroma di Stendhal e La Ecologia del Delito são belíssimos filmes. Loucos e completamente desvairados, também. Obras-primas!

E veja-se isto:


Grande cineasta é o que parte a loiça toda!

5 comentários:

João Palhares disse...

Dario Argento e Darren Aronofsky (D.A. e D.A.)
Ok, já percebi porque os andam a comparar...
Realmente, é de bradar aos céus!

José Rodrigues disse...

Mas o aronofsky não parte nada, esse é o problema do gajo, é um pedante convencido que quer partir a loiça mas não consegue, é estúpido e pretensioso e percebe é de videoclips agora de cinema. nada de jeito.

João Palhares disse...

É, também é mais ou menos isso que penso dele.. eheh

João Lameira disse...

Estive a ver este "Bay of Blood". Bastante interessante, um slasher movie, ou, como eu gosto de dizer, um filme de cortar às postas, sem um psicopata em quem pousar as culpas. Ainda não vi o "Black Swan" - aguardo pela estreia em sala - mas parece-me que percebi o que queres dizer (quanto aos pratos e ao plástico). Tenho de mergulhar mais fundo no sangue dos filmes de terror italianos.

(Perfeito como insulto é muito bom.)

João Palhares disse...

Perfeito como insulto é perfeito. :)
E mergulha no terror italiano, que vale a pena