terça-feira, 28 de julho de 2009

"Man of the West" - 1958



Anthony Mann é um dos grandes artesãos do Cinema Clássico de Hollywood (Jacques Tourneur, Samuel Fuller, Joseph H. Lewis...). Começou como assistente nos anos 40, e de seguida incumbiram-no de realizar, qual artesão, dezenas de filmes negros no final dessa década (séries B de baixíssimo orçamento). Foi com alguns desses filmes ("Raw Deal" e "T-Men") e com alguns westerns da década seguinte ("Bend of the River", "The Naked Spur", "Winchester 73", "The Man from Laramie" e claro, "Man of The West"), que mereceu menção junto a mestres absolutos como Ford e Hawks. A repetição dos temas, a coesão artística e estética que parte da sua obra atinge é inegável.

“Just as the director of The Birth of a Nation gave one the impression that he was inventing the cinema with every shot, each shot of Man of the West gives one the impression that Anthony Mann is reinventing the western, exactly as Matisse’s portraits reinvent the features of Piero della Francesca….In other words, he both shows and demonstrates, innovates and copies, criticizes and creates.”
Jean-Luc Godard

"The settings in Man of the West–a western town, a train bound for Fort Worth, a farmhouse in a valley, a desert, and a ghost town (the latter two filmed in California’s Red Rock Canyon)–lack the formal purity of those in The Naked Spur. As a result, Man of the West veers much closer to the grimness of Greek tragedy, its mountains and rock formations often suggesting the silent witness of an ancient amphitheater. (The connection isn’t accidental; another of Mann’s late interviews is peppered with references to Oedipus Rex and Antigone, and one of his best early westerns is entitled The Furies.)"
Jonathan Rosenbaum

"Man of the West" fez pouco dinheiro em 1958, mas é obra de um visionário, e o seu último grande western. Godard, a propósito deste filme comparou-o a Griffith (re-invenção do western, nada é novo mas tudo é novo), vários críticos evocaram tragédias gregas, Shakespeare. "Man of The West" merece tudo isso. Tudo isso e muito mais. É o mais perfeito dos westerns (como outros do realizador; "Stars in My Crown" - Tourneur; todos os westerns de Hawks; vários de John Ford; "Run of The Arrow" - Fuller; Há mais - Ray, Peckinpah, H. Lewis....), uma obra-prima absoluta.

As paisagens em "Man of The West" modelam os personagens, pressagiam, anunciam e ajudam à violência, e isto é verdade para este filme como o é para "Bend of The River" e "Naked Spur". A violência neste filme trespassa o ecrã, rasga-o completamente. Violência traz violência, traz violência. O que tomámos por certo pode, a qualquer momento, desvanecer.
A cidade fantasma, as "explosões" de violência, o conflito interior do personagem de Cooper e como Mann contorna as fragilidades do argumento e de algumas das interpretações, com a mais meticulosa das mise en scènes. Perfeito. Clássico. Essencial...

domingo, 26 de julho de 2009

Henry Sheehan pergunta, Minnelli responde



(...)"Q. I would like to talk a little bit about Yolanda and the Thief (1945). First of all, how did the studio react to surreal sequences? Did it stand them on their heads?

A. Well - yes. It wasn’t successful with the audiences. It got its money back and showed a small profit, but any picture did in those days. [MGM production unit head and producer Arthur] Freed (1894-1973) did that and Freed brought me together with [Madeleine author Ludwig] Bemelmans (1898-1962). It was the kind of thing that Bemelmans would write: A con man posing as a guardian angel – which shocked most of the critics at the time. Nowadays it wouldn’t matter if he were a murderer.
But surrealism is present in most of my pictures.

Q. Would you care to elaborate?
A. Sure. In the Thirties, when I was in New York, I did the first surrealistic ballet in a show of mine. The choreography was done by Balanchine. Dali was the great painter then and surrealism was a way of life.
It followed a long time later – Freud, dreams, the inconsistency of dreams. It struck me that it was the sensation of life. I used it whenever I could.

Q. In Yolanda, the whole film has an airy, dream-like quality where you’d be willing to believe, or that it is not illogical to believe, that Fred Astaire could be, a guardian angel.
A. She was raised in a convent with nuns and so forth and didn’t know how to take care of her vast wealth and prayed to her guardian angel for guidance. And he [the con man] overheard her.

Q. How did Astaire react to the exoticism.
A. He was marvelous about it. He liked it very much."(...)

Entrevista aqui

sábado, 25 de julho de 2009

"El Angel Exterminador" - 1962



Primeiro pensei que se tratasse de um estudo sobre o fim da privacidade, como "A Streetcar Named Desire" de Elia Kazan e "Rear Window" de Alfred Hitchcock, havia vários pontos em comum: a acção confinada a um espaço: o bairro no filme de Kazan, as traseiras do apartamento em "Rear Window" e a mansão nesta obra-prima de Luis Buñuel. O desespero, os suores...
Também pode passar por isso, mas o principal a reter de "El Angel Exterminador" (quanto a mim) é o repúdio à religião, seja ela qual for...
O Señor Edmundo e a mulher Lúcia, convidam uns amigos a jantar em sua casa... As horas passam e eles por lá ficam. Passam a noite, e vários dias ficam... Não é por não conseguirem sair, mas sim por não conseguirem tentar sequer. Por isto, acabam por passar fome, sede, rebaixando-se a meros animais, a bestas. Não há poder de iniciativa, o grupo tem que permanecer junto como as ovelhas (que são aliás um motivo recorrente durante o filme), como um rebanho dependente de um líder...
Religião, privacidade, crítica à sociedade abastada, à riqueza. É um filme tão completo e tão complexo que é impossível avaliar ou descobrir qual a exacta extensão do seu discurso, do seu significado...
Genial.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Raoul Walsh X 2



Raoul Walsh é um cineasta que atravessa grande parte da História de Hollywood: Fez de John Wilkes Booth (o assassino de Lincoln) em "Birth of a Nation" de David Wark Griffith, realizou um grande filme mudo ("The Thief of Bagdad") e fez westerns e filmes de gangsters que são ainda hoje vistos e analisados. Como estes dois.
Humphrey Bogart foge para as montanhas em "High Sierra", James Cagney vem das montanhas, da high sierra como dizem no filme, em "White Heat". A natureza, o sublimar da natureza em "High Sierra" por oposição à Indústria, o "rebentar" das máquinas, os vapores em "White Heat". Bogart e Cagney acabam no "Top of The World" que Cagney tanto repete no seu filme, a olhar dum patamar superior os polícias que os perseguem. Dois filmes muito diferentes mas muito parecidos também e que confirmam a excelência de dois actores.
Dois grandes filmes.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma Viagem Pelo Musical - 4



Falei dos primeiros Musicais dos anos 30 e dos dois grandes artesãos (um maior que o outro - Minnelli). Houve mais realizadores que se dedicaram quase exclusivamente ao Musical nos anos 40 e 50 como Charles Walters: "High Society"- remake de "Philadelphia Story" de George Cukor - é o único filme que vi dele e é simplesmente execrável, no entanto filmes como "Lili" e "Easter Parade" são muito bem considerados; Walter Lang: "On the Riviera" vale por Danny Kaye - cómico esquecido - e "The King And I" e "There`s no Business Like Show Business" foram enormes sucessos nos anos 50; Charles Vidor: "Cover Girl" com Gene Kelly e Rita Hayworth é um bom filme; Roy Rowland: não vi nenhum deste último mas "The 5000 Fingers of Doctor T", é tido como um grande filme.

"Lili" - 1953


"Easter Parade" - 1948


"Cover Girl" - 1944


"The 5000 Fingers of Dr.T." - 1953

No final dos anos 50 temos também os Musicais de Elvis Presley, e no início dos 60 os dos Beatles ("A Hard Day`s Night" é muito influente em termos musicais).
Depois temos os realizadores que fizeram poucos Musicais mas que de uma maneira ou de outra deixaram a sua marca: Leo Mccarey, autor de várias obras-primas ("Duck Soup" com os Irmãos Marx, "Love Affair" com Charles Boyer e Irenne Dunne e o seu remake "An Affair to Remember" com Cary Grant e Deborah Kerr) fez "Going My Way" com Bing Crosby; Michael Curtiz ("Casablanca", "Angels With Dirty Faces") fez dez Musicais, mas que não têm grande peso na sua filmografia (245 filmes) - o mais famoso é "Yankee Doodle Dandy" com James Cagney; John Huston e o seu "Moulin Rouge"; Billy Wilder fez "The Emperor Waltz" e apesar de não ser um Musical "Some Like it Hot" tem várias canções; Anthony Mann, grande artesão do "western" ("Bend of The River" e "The Naked Spur" são obras primas do género) fez "The Glenn Miller Story" (que é razoável - é um biopic sobre Glenn Miller) e "Serenade";
E finalmente, os três Grandes (e por isto entenda-se: os realizadores exteriores ao Musical que mais fizeram pelo Musical):


George Cukor com "A Star is Born"


Joseph L. Mankiewicz com "Guys and Dolls"


Howard Hawks com "Gentleman Prefer Blondes"

Com "A Star is Born", Cukor (autor do imenso "Sylvia Scarlett") cria aquele que será porventura o "épico" dos filmes musicais, se é que o termo se aplica. O espectáculo tem que continuar, os bastidores do espectáculo não são tão alegres e divertidos como o espectáculo em si. Duas estrelas: uma em ascensão, e outra em declínio, mas que são ambas a "Star" a que o título se refere. Judy Garland no seu melhor papel e James Mason num dos seus melhores papéis (as interpretações dele em "Lolita" de Stanley Kubrick e "Bigger Than Life" de Nicholas Ray são da mesma envergadura).

Esther sings 'Someone at Last'
James Mason e Judy Garland

Com "Guys and Dolls" (Eles e Elas), interpretado por Marlon Brando Jean Simmons e Frank Sinatra, Joseph Mankiewicz (realizador e argumentista do brilhantemente escrito "All About Eve") oferece um diferente tipo de Musical:
There are two distinct aesthetics for movie musicals, regardless of whether they happen to be Hollywood or Bollywood, from the 1930s or the 1950s, in black and white or in color. According to one aesthetic– exemplified by Al Jolson (as in The Jazz Singer) or the team of Fred Astaire and Ginger Rogers (as in The Gay Divorcee or Top Hat–a musical is a showcase for talented singers and/or dancers showing what they can do with a particular song or a number. According to the second aesthetic, exemplified by Guys and Dolls—-the two leads of which, Marlon Brando and Jean Simmons, aren’t professional singers or dancers–the musical is a form for showing the world in a particular kind of harmony and grace and for depicting what might be called metaphysical states of being. The leads are still expected to sing in tune, of course, but notions of expertise and virtuosity in relation to their musical performances are no longer the same.
São de Jonathan Rosenbaum estas palavras. "Guys and Dolls" é um Musical cujos actores principais não são cantores nem dançarinos profissionais, e é necessário que se note porque tal facto produz uma certa transcendência que passa pelo esforço que os seus personagens têm que perpetuar para atingir os seus objectivos. O esforço dos actores e o dos seus personagens cruza-se portanto, ainda que derivado de razões diferentes. Rosenbaum apelidou-o também de "Musical do Método" ("método" remete para a escola de Lee Strasberg que formou actores como Robert DeNiro, Al Pacino e o próprio Brando). Os planos fixos e a escolha controversa de actores (Brando e Simmons num Musical) causam estranheza mas a ideia é mesmo essa.


Johnny Silver, Frank Sinatra e Stubby Kaye

Mas mais que Cukor e Mankiewicz, por ser também melhor realizador, Howard Hawks marcou profundamente o Musical. O Musical de Cukor é um corajoso épico Musical, o de Mankiewicz é uma subversão. O de Hawks é isso e mais ainda. Temos o primeiro grande papel de Marylin Monroe e não só, é o papel que modela toda a sua persona cinematográfica (Billy Wilder agradeceu ou devia ter agradecido a Hawks). Uma crítica ao materialismo disfarçada de Entretenimento, um filme onde tudo é sexual e tudo para lá vai mas que é só "disfarçadamente" malicioso porque as suas intérpretes e as suas respectivas personagens são "disfarçadamente" adoráveis e porque Hawks sabe, como sempre soube ("Bringing Up Baby") fazer passar o escandaloso por inocência e o malicioso por bondade ou boas intenções.
"Gentleman Prefer Blondes" é como disse João Bénard da Costa (com a ajuda de Hawks) "um conto de fadas" com variações sobre a atracção sexual. É um filme de uma completa irrealidade com uma actriz que nunca foi verdadeiramente real".
Um dos melhores filmes de sempre? Com certeza que sim.

Jane Russel e Marylin Monroe

The French are glad to die for love.
They delight in fighting duels.
But I prefer a man who lives
And gives expensive jewels.

A kiss on the hand
May be quite continental,
But diamonds are a girl's best friend.

A kiss may be grand
But it won't pay the rental
On your humble flat
Or help you at the automat.

Men grow cold
As girls grow old,
And we all lose our charms in the end.

But square-cut or pear-shaped,
These rocks don't loose their shape.
Diamonds are a girl's best friend.

Tiffany's!
Cartier!
Black Starr!
Frost Gorham!
Talk to me Harry Winston.
Tell me all about it!

There may come a time
When a lass needs a lawyer,
But diamonds are a girl's best friend.

There may come a time
When a hard-boiled employer
Thinks you're awful nice,
But get that ice or else no dice.

He's your guy
When stocks are high,
But beware when they start to descend.

It's then that those louses
Go back to their spouses.
Diamonds are a girl's best friend.

I've heard of affairs
That are strictly platonic,
But diamonds are a girl's best friend.

And I think affairs
That you must keep liaisonic
Are better bets
If little pets get big baguettes.

Time rolls on,
And youth is gone,
And you can't straighten up when you bend.

But stiff back
Or stiff knees,
You stand straight at Tiffany's.

Diamonds! Diamonds!
I don't mean rhinestones!
But diamonds are a girl's best friend.

Fim da 4ª Parte

domingo, 19 de julho de 2009

"Yolanda and the Thief" - 1945


É em "Yolanda and the Thief" (Yolanda e o Vigarista) que Minnelli encontra Tarkovsky e Antonioni (tem que ser). O "corte temporal" dentro do plano, o "lapidar do tempo"...
Não vi o filme a tempo de falar dele no post dos Musicais, mas é hoje o meu filme preferido de Vincente Minnelli e dos meus Musicais preferidos (senão "O").
Os ritmos que nascem do nada e que se prolongam até ao êxtase, o passeio nocturno que demora 1/5 do filme, a divagação (e por isto entenda-se a completa ausência de narrativa - e ninguém precisa de histórias aqui).
Porque Minnelli parece um ilusionista em pleno domínio da sua arte e porque tudo é Fantasia e nada é Fantasia, porque enquanto o vi (e também algum tempo depois de o ver) não conseguia pensar em mais nada (porque me atravessou aquela sensação, aquela frase: "É isto o Cinema, mais nada...). Em mais nada pensei senão nos movimentos da câmara de Minnelli e de como neste filme usou a técnica (iluminação, som...) para manipular o espectador duma maneira mágica e sedutora. O plano sequência é sinónimo de realidade... Pois, aqui Nunca.
O falecido Bénard da Costa (no seu Dicionário do Musical) colocou este filme (junto a "Meet Me in St. Louis", "The Pirate", "Singin In The Rain", "The Band Wagon" e "Brigadoon") no topo, como os pontos máximos do Género.
É Minnelli no seu melhor. O que não é dizer pouco...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Uma Viagem Pelo Musical - 3

1ªParte 2ªParte

Stanley Donen


Stanley Donen não é um realizador que eu aprecie tanto como Vincente Minnelli, e provavelmente estou a ser injusto (faltam-me ver ainda muitos filmes dele - o tempo dirá) mas não o acho um cineasta tão completo como Minnelli.
Vi 5 dos 27 filmes que ele realizou (de Minneli foram 19 - faltam 14!) e portanto nem os devia estar a comparar.
5 filmes, então: "On The Town" (co-realizado com Gene Kelly), "Royal Wedding", "Singin In The Rain" (mais uma vez co-realizado com Gene Kelly), "Funny Face" e "Charade". Este último não é um Musical, e portanto não o irei analisar. É um óptimo filme ainda assim, uma muito divertida e inventiva homenagem a Alfred Hitchcock .

"On The Town" - 1949


"Royal Wedding" - 1951


"Singin In The Rain" - 1952


"Funny Face" - 1957

First things first: Donen tinha trabalhado com Gene Kelly em "Anchors Aweigh" como coreógrafo e parece que ambos merecem mais crédito pelo resultado do filme que o próprio George Sidney, o realizador ("O Musical" de João Bénad da Costa). "Anchors Aweigh" e "On The Town" (primeiro filme de Donen e Kelly) são aliás muito parecidos.
"On The Town" é um grande filme. Não será tão bom como "Singin In The Rain" mas é já uma amostra, (e uma brilhante amostra, verdade seja dita) daquilo que a dupla Kelly/Donen era capaz de fazer. De "New York, New York" a "Come Up To My Place" todos os números musicais são memoráveis.

New York, New York, a helluva town.
The Bronx is up, but the Battery's down.
The people ride in a hole in the groun'.
New York, New York, it's a helluva town!!



"Royal Wedding" é um filme menor. Mas inventivo e sedutor, ainda assim. No primeiro filme a solo, Donen não superou nem igualou o que tinha feito com Kelly e o filme não é uma viagem alucinante como "On The Town" (dando a ideia que Donen sem Kelly não faz grandes filmes), mas tem os seus momentos. Um que merece destaque é este, um número já clássico, Fred Astaire a dançar no tecto em plano sequência!!:




Para "Singin In The Rain" (segundo musical da dupla) não há palavras. É O Musical: Nunca o Espectáculo e a Sátira se uniram de forma tão sedutora e mágica como em "Serenata à Chuva".Gene Kelly, Donald O`Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen e Cyd Charise (ainda que por pouco tempo, a sua aparição no filme é inesquecível - rivaliza com o resto do elenco) ... É um filme que fica com as pessoas, pessoas essas que o acompanham do início ao fim sem uma queixa que seja: Porque "Singin In the Rain é o mais perfeito dos Musicais, porque todos os Musicais a este filme se comparam (e há alguns que o igualam, mas o filme tornou-se o termo de comparação para todo o Musical, e ganha por isso mesmo). Todo o filme é memorável, não há pausas e é de visionamento obrigatório.




Em 1957, veio "Funny Face", muito bom filme, quase tanto como "On The Town", e se eu dei o benefício da dúvida a Donen, foi por causa deste filme. É para Paris, o que "On The Town" foi para Nova Iorque. Se Donen é um autor (a ver vamos), a sua marca só pode ser esta: A exploração do Trio em Cinema, as relações, os laços dentro de um grupo de três pessoas:


Gene Kelly, Frank Sinatra e Jules Munshin


Betty Garret, Ann Miller e Vera Ellen


Donald O`Connor, Debbie Reynolds e Gene Kelly

Kay Thompson, Fred Astaire e Audrey Hepburn

Fim da 3ª Parte