sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

LE PÈRE NÖEL EST UNE ORDURE (1982)


1982 – França (105') ● Prod. Trinacra/Les Films du Splendid/Films A2 ● Real. JEAN-MARIE POIRÉ ● Gui. Josiane Balasko, Marie-Anne Chazel, Christian Clavier, Gérard Jugnot, Thierry Lhermitte, Bruno Moynot, J.-M. Poiré, a p. da sua P. ● Fot. Robert Alazraki (cor) ● Mús. Vladimir Cosma ● Int. Anémone (Thérèse), Thierry Lhermitte (Pierre Mortez), Marie-Anne Chazel (Josette), Gérard Jugnot (Félix), Josiane Balasko (Sra. Musquin), Bruno Moynot (Preskovitch), Martin Lamotte (Sr. Leblé). 

Uma noite de Natal movimentada nas instalações da associação «SOS-Détresse». 
 
► Indubitavelmente o melhor filme adaptado de um sucesso do café teatro. Os autores, isto é, toda a equipa, porque mais do que em qualquer outro filme, se trata aqui de criação colectiva, não procuram de todo esconder ou modificar a natureza teatral do seu material. Pelo contrário, sabem tirar partido das unidades de tempo e de lugar conservadas na intriga, enquanto que a maior parte dos filmes vindos do café teatro têm tendência a dispersar-se em todas as direcções para dar a ilusão de movimento. Na manipulação do estridente e do ridículo, que é o seu domínio de predilecção, os actores da equipa dão mostras de uma bela destreza. Ela não exclui nem a comédia de observação nem a precisão na caricatura. O cinema francês de hoje em dia ignora quase totalmente os papéis cómicos de composição: ainda se aprecia mais, nesse domínio, o feito de Thierry Lhermitte, de Anémone e de Marie-Anne Chazel.

Jacques Lourcelles, in «Dictionnaire du Cinéma - Les Films», Robert Laffont, Paris, 1992.

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