Numa primeira impressão, posso dizer que a psicologia humana tem um grande papel neste filme, bem como todos os valores, que como pessoas (de diferentes culturas e países) defendemos. A noção de dever, compromisso e honra que cada um tem, e eventualmente, a colisão dessas noções quando destoam de pessoa para pessoa. O colidir das civilizações e aprendizagem com pessoas que supostamente são o inimigo, e por fim, o respeito mútuo, respeito esse, que atinge proporções e sentimentos indesejados no caso de alguns personagens. Depois há os actores, que, sem excepção suam e vivem as personagens remetendo o espectador para todos os conflitos interiores adjaccentes à história e às suas personagens, como todo o actor deve fazer. Os quatro actores que interpretam as personagens principais estão brilhantes, mais não se poderia pedir. Takeshi Kitano (creditado como Takeshi), Ryuchi Sakamoto (também brilhante na banda-sonora, que é hipnótica e absorvente, o tema principal é um clássico), David Bowie ( o homem dá sinais de vida também no cinema) e Tom Conti (personagem do título) participam. O filme é de Nagisa Oshima ("O Império dos Sentidos","O Império da Paixão") e é escrito por ele e Paul Mayersberg, adaptando "The Seed And the Sower" de Laurens Van der Post. Na fotografia Tom Conti e Takeshi Kitano (é ele que diz a enigmática frase/título). Fica-me como um filme de guerra peculiar, original também, sem cair em clichés e convenções. É um filme a ver e depois rever, um portal para uma teia de relações que nada tem de convencional nem de desinteressante.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
sábado, 5 de janeiro de 2008
"28 Dias"-2000
O filme é de Betty Thomas, professora que se tornou realizadora na década de 90 (realizou o biopic de Howard Stern , de 1997, "Private Parts"(o Paul Giamatti está demais nesse filme, já agora). 28 Dias é de 2000.
Se bem que não se possa dizer que é uma obra-prima (nem por sombras), ele não é, contudo, um mau filme. Se bem que Viggo Mortensen seja usado mais como adereço que outra coisa (até custa a acreditar que um actor daquele calibre tenha sido tão mal aproveitado), a interpretação de Sandra Bullock é de grande categoria ( passou alguns dias numa clínica de reabilitação, para se preparar para o papel, e só posso dizer que valeu a pena!). Se bem que se percam 104 minutos no/do dia, para mim, pelo menos não foram 104 minutos mal passados ou em vão. A história é a de uma escritora que é confrontada com a cadeia se se recusar a fazer reabilitação. Escolhe a clínica e lá conhece um variado leque de pessoas com as quais estabelece ligações, e são essas ligações e relações que fazem o filme. Na fotografia, Sandra Bullock e Azura Skye.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
"O Inferno é para os Heróis"-1962
Refrescante no realismo da guerra retratada (2ª Guerra Mundial), a fotografia é espectacular. É suscitado um enorme sentido anti-bélico (não serão todos os grandes filmes de guerra anti-bélicos?) e, claro, há Steve McQueen, aqui interpretando uma personagem complexa, uma espécie de anti-herói. O filme é de Don Siegel e são de salientar as presenças de James Coburn (como Henshaw) e de Bobby Darin (como Corby). Na fotografia em cima temos Bob Newhart, que interpreta Driscoll. Todos eles fazem parte de um pelotão (com dois esquadrões) que é enviado para a linha de Siegfried , numa altura em que todos pensam já poder ir para casa. A dada altura, o primeiro esquadrão é recambiado, cabendo ao segundo a defesa do posto. A partir daí é descrita a pressão dos alemães ao posto e a tentativa de ilusão (há vários esforços por parte do esquadrão para parecer uma companhia) perpetuado pelos heróis, que estão no Inferno do título.
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