Numa primeira impressão, posso dizer que a psicologia humana tem um grande papel neste filme, bem como todos os valores, que como pessoas (de diferentes culturas e países) defendemos. A noção de dever, compromisso e honra que cada um tem, e eventualmente, a colisão dessas noções quando destoam de pessoa para pessoa. O colidir das civilizações e aprendizagem com pessoas que supostamente são o inimigo, e por fim, o respeito mútuo, respeito esse, que atinge proporções e sentimentos indesejados no caso de alguns personagens. Depois há os actores, que, sem excepção suam e vivem as personagens remetendo o espectador para todos os conflitos interiores adjaccentes à história e às suas personagens, como todo o actor deve fazer. Os quatro actores que interpretam as personagens principais estão brilhantes, mais não se poderia pedir. Takeshi Kitano (creditado como Takeshi), Ryuchi Sakamoto (também brilhante na banda-sonora, que é hipnótica e absorvente, o tema principal é um clássico), David Bowie ( o homem dá sinais de vida também no cinema) e Tom Conti (personagem do título) participam. O filme é de Nagisa Oshima ("O Império dos Sentidos","O Império da Paixão") e é escrito por ele e Paul Mayersberg, adaptando "The Seed And the Sower" de Laurens Van der Post. Na fotografia Tom Conti e Takeshi Kitano (é ele que diz a enigmática frase/título). Fica-me como um filme de guerra peculiar, original também, sem cair em clichés e convenções. É um filme a ver e depois rever, um portal para uma teia de relações que nada tem de convencional nem de desinteressante.
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