O que isto tem de especial (bem, além de muitas outras coisas), é que nada se força a acontecer, a dinâmica e a coreografia estão resolvidas. Fechou-se a acção num espaço minúsculo e a dança colou-se ao espaço. Ambiente familiar, coreografia amadora, dinâmica extraordinária entre os participantes. Judy Garland, maior das intérpretes.
Cinco planos. Câmara humilde, não são os actores que vão a trás da câmara é a câmara que vai atrás deles. E é capaz de ser por isso que a coisa parece improvisada. Ou então não e isto são só adivinhas idiotas. Mas tenho para mim que os melhores números musicais do Minnelli dão lugar ao acidental (aqui a Judy volta e meia corrige os passos da irmã), chave para ainda mais mágicos parecerem.
Mais, é a personagem de Judy Garland que encena toda a cena (se calhar até todo o filme) e a câmara documenta isso. "Os filmes documentam a rodagem". É ela que modela a luz numa das cenas do filme, quando se despede do rapaz à porta de casa. Semelhante ao que Minnelli fez com Holliday em "Bells are Ringing". Elas são o motor de tudo e ele só acredita na narrativa dum filme se forem as personagens a encená-la.
ESTHER Down in the jungles lived a maid Of royal blood though dusky shade TOOTIE A marked impression once she made Upon a Zulu ESTHER From Matabooloo TOOTIE And every morning he would be Down underneath the bamboo tree ESTHER A Waitin' there his love to see TOOTIE And then to her he's sing BOTH To her he'd sing If you like-a me, like I like-a you and we like-a both the same I like-a say this very day, I like-a change your name. 'Cause I love-a you and lov-a you true and if you-a love-a me One live as two, two live as one Under the bamboo tree
Tive a infelicidade de ver o primeiro filme do "Sexo e a Cidade". Adiante, a dada altura a Jenifer Hudson dá um dvd do "Meet Me in St. Louis" à Sarah Jessica Parker, numa daquelas cenas ultra-saudáveis de comunhão social e racial da "hollywood recente" que só dão vontade de vomitar. Pois bem, achei a coisa pornográfica. A verdade é que acho que se se gosta do "Meet Me.." por ser "fofinho" mais valia não gostar. Ditto para o "Gentleman prefer Blondes" e para restantes grandes musicais de Hollywood. Têm mais dentro deles que a massa bajuladora anónima da Carrie e da trupe. "Oh ouve lá, mas um programa falar de sexo e namoros sem tabus em televisão é extraordinário". Para o caralho!
5 comentários:
O que isto tem de especial (bem, além de muitas outras coisas), é que nada se força a acontecer, a dinâmica e a coreografia estão resolvidas. Fechou-se a acção num espaço minúsculo e a dança colou-se ao espaço. Ambiente familiar, coreografia amadora, dinâmica extraordinária entre os participantes. Judy Garland, maior das intérpretes.
Cinco planos. Câmara humilde, não são os actores que vão a trás da câmara é a câmara que vai atrás deles. E é capaz de ser por isso que a coisa parece improvisada. Ou então não e isto são só adivinhas idiotas. Mas tenho para mim que os melhores números musicais do Minnelli dão lugar ao acidental (aqui a Judy volta e meia corrige os passos da irmã), chave para ainda mais mágicos parecerem.
Mais, é a personagem de Judy Garland que encena toda a cena (se calhar até todo o filme) e a câmara documenta isso. "Os filmes documentam a rodagem". É ela que modela a luz numa das cenas do filme, quando se despede do rapaz à porta de casa. Semelhante ao que Minnelli fez com Holliday em "Bells are Ringing". Elas são o motor de tudo e ele só acredita na narrativa dum filme se forem as personagens a encená-la.
ESTHER
Down in the jungles lived a maid
Of royal blood though dusky shade
TOOTIE
A marked impression once she made
Upon a Zulu
ESTHER
From Matabooloo
TOOTIE
And every morning he would be
Down underneath the bamboo tree
ESTHER
A Waitin' there his love to see
TOOTIE
And then to her he's sing
BOTH
To her he'd sing
If you like-a me, like I like-a you and we like-a both the same
I like-a say this very day, I like-a change your name.
'Cause I love-a you and lov-a you true and if you-a love-a me
One live as two, two live as one
Under the bamboo tree
Tive a infelicidade de ver o primeiro filme do "Sexo e a Cidade". Adiante, a dada altura a Jenifer Hudson dá um dvd do "Meet Me in St. Louis" à Sarah Jessica Parker, numa daquelas cenas ultra-saudáveis de comunhão social e racial da "hollywood recente" que só dão vontade de vomitar. Pois bem, achei a coisa pornográfica. A verdade é que acho que se se gosta do "Meet Me.." por ser "fofinho" mais valia não gostar. Ditto para o "Gentleman prefer Blondes" e para restantes grandes musicais de Hollywood. Têm mais dentro deles que a massa bajuladora anónima da Carrie e da trupe. "Oh ouve lá, mas um programa falar de sexo e namoros sem tabus em televisão é extraordinário". Para o caralho!
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