Hello, Hello, I'm coming in my new skin
New Skin, das Siouxsie and The Banshees
Depois daquele circo desenfreado de banalidades, vulgaridades e proezas baratas, o travelling em direcção à 'cidade dos anjos'.. Próxima paragem: Hollywood! Ou como quem diz: uma e a mesma coisa..
I prefer Showgirls (1995), one of the great American films of the last few years. It’s Verhoeven’s best American film and his most personal. In Starship Troopers, he uses various effects to help everything go down smoothly, but he’s totally exposed in Showgirls. It’s the American film that’s closest to his Dutch work. It has great sincerity, and the script is very honest, guileless. It’s so obvious that it was written by Verhoeven himself rather than Mr. Eszterhas, who is nothing. And that actress is amazing! Like every Verhoeven film, it’s very unpleasant: it’s about surviving in a world populated by assholes, and that’s his philosophy. Of all the recent American films that were set in Las Vegas, Showgirls was the only one that was real – take my word for it. I who have never set foot in the place! (Rivette)
Showgirls, por Ruy Gardnier
Não há filme mais precisado de re-avaliação, e se há coisa que não deixa de ser curiosa é o facto de um filme sem erros técnicos ou más interpretações gerar tal ódio em todos os sectores do meio*.. É lamacento, é de mau gosto, é feio, claro, porque aquelas pessoas são assim.. O papel de Elizabeth Berkley é brutalmente sincero porque se (con)funde com a sua própria vontade (mais comedida, muito provavelmente, porque no filme Nomi quer singrar a todo o custo) de querer ser tomada como "actriz séria", em Hollywood, na altura.. É uma sátira, sim, mas de uma ambiguidade fenomenal, por parecer haver um gozo mórbido em expôr e pôr em cena tudo aquilo.. De resto, é de Verhoeven o único blockbuster brutalmente honesto e pessoal, onde não se teve que refugiar em género algum para ser ácido, violento, divertido, sincero, denunciante, político, sociólogo e tudo o mais.. Enfim, primeiro filme do holandês que me dá uma vontade imensa de conhecer o início da sua obra...
* e eu ponho-me a pensar que se o Wilder e o Hawks vivessem o suficiente (ou se os prémios tivessem sido criados mais cedo), seriam nomeados para uma carrada de Grazzies. E penso em filmes muito específicos: Monkey Business, Gentleman prefer Blondes, Kiss Me Stupid, Irma La Douce...
I prefer Showgirls (1995), one of the great American films of the last few years. It’s Verhoeven’s best American film and his most personal. In Starship Troopers, he uses various effects to help everything go down smoothly, but he’s totally exposed in Showgirls. It’s the American film that’s closest to his Dutch work. It has great sincerity, and the script is very honest, guileless. It’s so obvious that it was written by Verhoeven himself rather than Mr. Eszterhas, who is nothing. And that actress is amazing! Like every Verhoeven film, it’s very unpleasant: it’s about surviving in a world populated by assholes, and that’s his philosophy. Of all the recent American films that were set in Las Vegas, Showgirls was the only one that was real – take my word for it. I who have never set foot in the place! (Rivette)
Showgirls, por Ruy Gardnier
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Não há filme mais precisado de re-avaliação, e se há coisa que não deixa de ser curiosa é o facto de um filme sem erros técnicos ou más interpretações gerar tal ódio em todos os sectores do meio*.. É lamacento, é de mau gosto, é feio, claro, porque aquelas pessoas são assim.. O papel de Elizabeth Berkley é brutalmente sincero porque se (con)funde com a sua própria vontade (mais comedida, muito provavelmente, porque no filme Nomi quer singrar a todo o custo) de querer ser tomada como "actriz séria", em Hollywood, na altura.. É uma sátira, sim, mas de uma ambiguidade fenomenal, por parecer haver um gozo mórbido em expôr e pôr em cena tudo aquilo.. De resto, é de Verhoeven o único blockbuster brutalmente honesto e pessoal, onde não se teve que refugiar em género algum para ser ácido, violento, divertido, sincero, denunciante, político, sociólogo e tudo o mais.. Enfim, primeiro filme do holandês que me dá uma vontade imensa de conhecer o início da sua obra...
* e eu ponho-me a pensar que se o Wilder e o Hawks vivessem o suficiente (ou se os prémios tivessem sido criados mais cedo), seriam nomeados para uma carrada de Grazzies. E penso em filmes muito específicos: Monkey Business, Gentleman prefer Blondes, Kiss Me Stupid, Irma La Douce...
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