sábado, 15 de janeiro de 2022

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN (1962)


1962 – USA (106') ● Prod. UA-Play-Films Production (Fred Coe) ● Real. ARTHUR PENN ● Gui. William Gibson b. na sua P. ● Fot. Ernest Caparros ● Mús. Laurence Rosenthal ● Int. Anne Bancroft, Patty Duke, Victor Jory, Inga Swenson. 
 
Uma jovem mulher originária de Boston, educada num asilo, consegue despertar o espírito de uma jovem deficiente mental, cega e surda-muda. Não é nada certo que o tratamento escolhido por Penn – barroco, decadente, paroxístico e por vezes grandiloquente – seja o mais apropriado para servir o conteúdo da peça e do guião de William Gibson. Nada é verdadeiramente satisfatório no trabalho de Penn, mas no entanto o essencial da força do material original sobrevive: a saber, essa forma de mostrar a educação como um combate sem piedade, visando apenas o resultado, entre o educador e o educando. Lembremos que três obras de William Gibson resultaram em filmes de valor diferente: uma obra-prima, Paixões Sem Freio (The Cobweb) de Minnelli baseado num romance de W. G., e dois filmes interessantes, este aqui e Baloiço Para Dois (Two for the Seesaw, Robert Wise, 1962) baseado numa peça de W.G.

Jacques Lourcelles, in «Dictionnaire du Cinéma - Les Films», Robert Laffont, Paris, 1992.

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