segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De onzes e equipas de sonho:



Na sequência das pansignificações do Luís no CINEdrio, "brotou" um torneio interblogues do qual farei parte, junto com os mentores do mesmo CINEdrio, do Modern Times, do Numa Paragem do 28, do Última Sessão, Breath Away, In a Lonely Place e Sombra do Elefante. Eis o meu onze:

Antonioni: Dotado de visão global de jogo como nenhum outro. Sabe para que lado tem que se atirar antes dos atacantes adversários saberem, o que lhe dá uma espécie de fama mística no mundo do futebol..

Mario Bava: chamam-lhe o "diabo italino". Quando pega no esférico pelo corredor direito, é drible atrás de drible, finta atrás de finta: um festim para os olhos..

Charles Chaplin: dono e senhor do corredor esquerdo, as suas subidas não são sempre as mais ortodoxas e trazem-lhe alguns problemas com a equipa, apesar de serem sempre muito eficientes e por um bem maior.

Hawks: O pilar - o capitão. É nos momentos de tormento que traz segurança à equipa, elevando os espíritos salvando os jogos. Diz a lenda que há um piano nos treinos da equipa..

Minnelli: Elemento moralizador, formando com Hawks a dupla de centrais mais segura e impenetrável do planeta.

Bogdanovich e Rivette: No socorro à defesa, no apoio ao ataque, são os jogadores que mais passam despercebidos. Cultivadores do apagamento do virtuosismo, trabalham por objectivos e metas para a equipa, tornando-se invisíveis. Quanto menos se notar a sua presença, melhor jogam.

Jacques Tati: O pensador de jogo. Se a primeira metade do campo é de Hawks, a segunda é do francês. Mise en jeu, mise en jeu, mise en jeu!

Michael Cimino: O elemento mais lutador e batalhador da equipa. Cobrador de cantos, faz, com Lewis, uma dupla eficientíssima.

Nick Ray: O preferido de Jean-Luc Godard, famoso comentador desportivo.

Jerry Lewis: O terror de qualquer defesa, que se deixa levar pelo número de "despistado e trapalhão" de Joseph Levitch. Quando dão por ela, a bola já está nas malhas da baliza..

4 comentários:

bruno andrade disse...

Peçam, forcem, briguem para que a Cinemateca exiba isto em 35mm.

Experiência de conversão.

João Palhares disse...

Acho que gostava de ver qualquer filme do Argento em 35. Mas talvez o "Sindrome de Stendhal" acima dos outros..

Já se fez um ciclo Carpenter completo, lá, um do Argento não deve ser impossível..

Rodrigo Duarte disse...

João, sensacional a brincadeira. Já fiquei fã do blog. Parabéns pelas escolhas. Gde Abraço.

João Palhares disse...

Olá Rodrigo. A ideia foi do Luís, do CINEdrio. Obrigado e abraço. Volta sempre.