segunda-feira, 12 de março de 2012

THE FAMILY JEWELS (1965)




Five sevens is thirty-five, ten fours is forty, hum.. fifteen twos is thirty, add them which is adding is a hundred and five..

Filme menor de Lewis, talvez, mas onde se insiste em desconstruir a máquina e os processos do cinema pelo gag. Da projecção do filme fictício com a Anne Baxter no avião às manobras militares em reverse, passando por outras coisas. Verdade é que a partir do momento em que Lewis toma a rédea dos seus projectos, retoma o trabalho de Chaplin e Keaton onde estes o deixaram. Comédia é trabalho de montagem, não é escrita, é articular ângulos até à punch-line, deixar as piadas suspensas em montagem paralela e depender do espaço e do enquadramento para lhes dar o remate final. É uma coisa pensada e trabalhada. E é por isto que acho que grandes comédias, só no tempo da avózinha..

3 comentários:

Luís Mendonça disse...

Por acaso é um dos meus filmes favoritos do Jerry Lewis. A nível de gags, o tio comandante de bordo é qualquer coisa!

O Narrador Subjectivo disse...

Tenho de ver um filme realizado por este homem. Gosto de actores cómicos que viram realizadores, tipo Albert Brooks ou Gene Wilder. Abraço

João Palhares disse...

O tio comamdante de bordo é uma peça, sim senhor, hehe.

Eu prefiro os cinco que ele realizou antes deste, que são os mais representativos dele e os mais adorados, também. Mas acho que o Three on a Couch, o Which Way to the Front e, especialmente, os últimos dois filmes, são muito muito muitíssimo subvalorizados.. E rezo todos os dias para que ele mostre o The Day the Clown Cried ao mundo, que só pode ser um filme do caralho.

Nunca vi nada do Albert Brooks nem do Gene Wilder. Mas vou ver. Do Lewis, se não viste nenhum, aconselho-te os dois primeiros, que sempre achei serem filmes essenciais (O Ladies Man acho-o um marco absoluto e o Bellboy é o meu preferido). O Lewis é um grande realizador. Até porque tenho andado a ler o The Total Film-maker e só consigo achar isso.