A 2ª Guerra revisitada e reinventada por Jerry Lewis; reflexo da sua personalidade e da sua visão do Mundo como o são aliás todos os seus filmes. Excêntrico, anárquico e revolucionário. Incompreendido, também.
Celebrado nos anos 50 e 60 como actor sob a alçada de Frank Tashlin, Lewis (o realizador) nunca teve a aclamação que lhe era devida, e é hoje quase um cineasta obscuro. Se bem que não me passe pela cabeça dizer que seja superior a Chaplin ou Keaton, ele é descendente dessa linhagem de comediantes (como Tati e Peter Sellers), de "fazedores" de comédia que actualmente não tem, muito infelizmente, seguidores. Talvez só Jim Carrey.
Restam os seus admiradores (eu incluído):
"Claro que a instituição militar não pode ser dispensada de nenhum olhar crítico ou artístico. Aliás, a história ensina que os militares estão ligados às convulsões mais sublimes e mais tenebrosas da humanidade. O cinema, em particular, tem sabido reflectir tal complexidade, desde a luminosidade de A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937) até ao negrume de O Pianista (Roman Polanski, 2002), passando pela crueldade burlesca de Onde Fica a Guerra? (Jerry Lewis, 1970)."
João Lopes
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