Uma vez por semana, convido bloggers a escolher um plano e a falar, também, sobre ele. O décimo primeiro convidado é o Ricardo Lisboa, do Breath Away, que escolheu uma série de planos similares de My Own Private Idaho, de Gus Van Sant (dos minutos 3:44 a 3:58):
Como filmar o sexo entre duas pessoas? Esta é a pergunta.
Para evitar a pornografia ou os facilitismos televisivos, Gus Van Sant (ainda numa fase muito inicial da sua carreia e depois de já ter tratado de tema semelhante em Mala Noche) elaborou uma solução visual totalmente alternativa: se o sexo é (necessariamente) movimento, faça-mo-lo parado.
Van Sant filmou sucessivos planos estáticos dos seus actores,também eles estáticos, em diversas posições sexuais (mais ou menos alternativas). O resultado são cenas que não se tornam voyeristas para o espectador, porque são acima de tudo conceptuais e mais que isso, profundamente cómicas. O pessoal e íntimo é exorcizado daquile que é o acto mais pessoal e íntimo do ser humano; e isso é obra. (Ricardo Lisboa)
O próximo convidado é o Roberto Acioli de Oliveira.
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